Estive em São Paulo na última quinta-feira participando do brunch que marcou o lançamento da coleção inverno da Santa Lolla que está incrível e mostra as 24 horas da mulher contemporânea que ganha doses extras de glamour com uma relação pensada para os mais ecléticos momentos do dia. A rotina da cena urbana vem otimizada por acabamentos e materiais inspirados no esporte de aventura. Sobem no termômetro da moda os solados tratorados, os forros com pêlo de carneiro, arremates afivelados e amarrações rústicas. A marca se apropria dos recursos utilitários, como bolsos duplos aplicados em balsas de camurça e em abotinados que proporcionam conforto e elegância à batalha diária.
Nas situações mais formais é a alfaiataria feminina da década de 70 que invade o closet com variações bem sacadas dos Oxford shoes, em versões lisas e bicolores, traduzidos para escarpins estilizados e de saltos mais grossos. Com uma cartela que varia entre naturais e tons invernais como vinho, canela e café, os mocassins entram na dança entre masculino e feminino, propondo um novo jogo entre os gêneros.
Os anos 50 trazem a pièce-de-résistance: a sapatilha confortável e ultrafeminina, em variadas versões. São laços e laçarotes, detalhes tacheados e modelos flexíveis que remetem aos modelos originários do universo do balé para tornarem-se um clássico do estilo coquete. Cintos finos de verniz com lacinhos delicados estão no topo da lista fifties da coleção. Bolsas e carteira ganham matelassados típicos do estilo ladylike.
A contrapartida está na tendência sexy sofisticada, valorizada por uma pegada fetichista e elegante. A tradução está em low vamp boots ou botas curtas em decote V, nas botas cuissardes que acabam acima dos joelhos e na volta dos stilettos como o statement da temporada. Perfeitos para usar com minissaias, formas ajustadas e batons vermelhos. Neste momento essa mulher é a melhor amiga da onça e faz das animal prints e estampas como pied de poule os novos básicos.
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