sábado, 21 de maio de 2011

Café “chic” com Glória Kalil


A tarde da última quinta-feira, 12, foi das mais agradáveis, de aprendizado e bate papo da melhor qualidade. Novamente na FIP, em Brusque e com Glória Kalil comandando a cena. Uma delícia!
As duas últimas décadas e o mundo fashion, tipo assim, “Evoluindo com a moda – 20 anos de mercado” foi o tema da palestra que comemorou os 20 anos da maior feira de moda do Sul do Brasil e a parceria certeira com a profissional paulistana, reconhecida pelo seu envolvimento no setor têxtil, descolado e moderno.
O papo com Glória começou pela importância da moda hoje que, vamos combinar, é assunto de conhecimento geral, central e de integração pelo que ela proporciona. Vamos destacar algumas afirmações feitas por ela (aproveite as dicas/aprendizado):
- Uma pessoa contemporânea, atual e fiel ao seu estilo, hoje, entra de cabeça erguida em qualquer lugar do mundo.
- Por isso acho que o estilo é tão importante, mais até, que a moda.
- Estilo é a expressão da individualidade e da identidade de cada um.
- Hoje é a rua quem dita moda e por isso temos essa grande variedade. Por exemplo, nas coleções atuais temos sendo, e bastante, usadas saias mini, acima e abaixo do joelho e até as longas... Todas estão na moda? Estão! Por isso a moda de hoje é muito mais difícil, inclusive, de ser analisada. Temos muitas opções e ai volta o que eu já falei: É importante ser fiel e estar de acordo com seu estilo.
- Ai as pessoas me perguntam: Então posso usar tudo? Não e muito cuidado nessa hora! É importante estar atualizado e cada um de acordo com sua tribo.
- Nós temos, também, todo o direito de recusar as ofertas que aparecem pra gente no mercado. Não é porque está na moda que você é obrigado a usar... Só use da moda o que te representa e combina com seu estilo!
- Roupa é como uma linguagem. E como é que a gente fala bem um idioma? É tendo um bom vocabulário e informação. A gente tem que saber o melhor vocabulário para expressar da melhor forma a nossa identidade e personalidade.
Perguntinhas básicas...
JR - Qual a pergunta que você mais ouve por ai?
GK - O que é ser chique.
JR – Nestes últimos 20 anos você daria nota zero e nota dez para o que na moda?
GK – É muito difícil dar zero para alguma coisa na moda e não é porque eu gosto dela...Por mais rídiculas que algumas coisas possam ter sido elas sempre tem uma razão de ser.
E a nota dez? Os anos 60 levam uma super menção honrosa pelo momento de libertação e importância, a partir dele, que se foi dada a moda. Minha nota dez é para essas atitudes de 1960 pra cá.
JR – E os esmaltes, as novidades para estação, as combinações?
GK – Jackie, não sei se você viu que o último “escândalo” da moda aconteceu no desfile da Chanel, semana passada, quando todas as modelos estavam sem as unhas pintadas... Foi um grande acontecimento e falou-se muito por ai. As cores continuam e quentes. O interesse pelo esmalte continua, a gente super usa, mas até não é mais “aquele” foco principal. Pé e mão, assim como e sapato e bolsa, não precisam ser iguais, mas “pode” se quiser. Eu uso sempre vermelho no pé e um tom orquídea na mão.
JR – Procede a informação de que a FIP vai criar uma coleção com o seu nome?
GK – Eu nem sei de onde saiu isso, mas de toda forma muito obrigada. Quando eu tive a Fiorucci, nos anos 80, foi uma época muito boa que deu certo, mas eu jurei que não faria isso de novo. Não se pode fazer duas vezes o que já se fez bem uma vez porque se não você vira estátua de sal.
JR – Prá encerrar você pode me dizer o que você está vestindo?
GK – Minha saia é beige parecendo uma renda, mas se olhar de perto dá pra ver que é um bordado de paetê e lantejoula fosca, da marca americana BCBG Max Azria, minha jaqueta é Hui Clos e o sapato é Chloé.

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